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A queilite actínica (QA) é uma condição patológica considerada malignizante, pelo fato de ter potencial de se transformar em carcinoma epidermóide (CE), tem como principal fator etiológico a exposição crônica a radiação ultravioleta (UV). O objetivo desse trabalho foi avaliar o manejo terapêutico da QA, correlacionando-o com o perfil clínico-patológico da doença em pacientes atendidos na Clínica-Escola do Curso de Odontologia, da UEPB/Campus VIII. Foi realizado um estudo observacional, prospectivo, por meio do acompanhamento dos pacientes diagnosticados clinicamente com QA. Os pacientes foram avaliados na consulta de diagnóstico; na sessão do tratamento escolhido; e na proservação nos tempos de: 1 mês, 3 meses, 6 meses e 9 meses após o tratamento. Para esse corte temporal da pesquisa, os resultados foram analisados por estatística descritiva. A amostra foi composta por 19 pacientes, de maioria leucoderma do sexo masculino, com idade média de 51,73 anos, e foram expostos cronicamente ao sol por uma média de 40,15 anos, sendo 12 diagnosticados com a gradação leve, 5 com gradação moderada e dois com gradação severa de QA. Após o 1° mês de acompanhamento que foi feito com 9 pacientes, apenas um paciente teve alteração da gradação da QA, passando de QA leve a moderada, por apresentar dessa vez lesões leucoplásicas. Observa-se também uma maior adesão à proteção solar com o filtro solar. Além do mais, cerca de 33,3% afirmaram ter diminuído a sua exposição solar durante o dia. No acompanhamento do 3° mês foram acompanhados 6 pacientes e todos mantiveram o quadro clínico, apenas um paciente afirma ter diminuído a sua exposição ao sol durante o dia, e foi observado um expressivo aumento no uso do protetor solar labial. No acompanhamento do 6° mês foram acompanhados 5 indivíduos, dos quais um apresentou piora do quadro clínico com reincidência de lesão leucoplásica. No 9° mês de acompanhamento dos, 4 pacientes dessa vez monitorados, todos mantiveram o quadro clínico, além de todos fazerem o uso do chapéu/boné, do filtro solar e do protetor solar labial. Conclui-se que a QA foi mais prevalente em homens brancos na sexta década de vida, que se expunham cronicamente ao sol por 40 anos em média. A maioria da amostra teve gradação leve de QA na consulta de diagnóstico. Na gradação severa foi observada que todos os pacientes eram etilistas. Nos pacientes melanodermas, foi observada uma gradação branda correlacionando às demais cores de pele, mesmo com uma exposição crônica solar elevada além destes usarem como proteção apenas o chapéu/boné. O manejo mais frequente foi a proservação, tendo influenciado positivamente nos cuidados à proteção solar. |
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