Resumo:
Este trabalho traz uma análise detalhada das políticas externas ambientais dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, utilizando a teoria de mudanças de política externa de Charles Hermann. O estudo se concentra nas atuações dos dois líderes durante as Conferências das Partes (COPs), especificamente a COP 15, em Copenhague, capital da Dinamarca, e a COP 27, no Egito, na cidade de Sharm el-Sheikh. A pesquisa destaca como Lula buscou inserir o Brasil como líder global nas negociações climáticas, promovendo uma política de "autonomia por diversificação" que equilibrava desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental. Em contraste, o governo Bolsonaro priorizou o desenvolvimento econômico imediato, frequentemente em detrimento da sustentabilidade ambiental, resultando em um aumento do desmatamento e isolamento internacional. A teoria de Hermann é utilizada para entender as mudanças nos agentes, na reestruturação da política externa e nos impactos das decisões políticas dos dois governos. O trabalho conclui que abordagens distintas de política externa ambiental podem moldar significativamente a posição de um país no cenário internacional, afetando suas relações diplomáticas e econômicas. A pergunta central da pesquisa é: "Como a mudança de liderança influencia a política externa ambiental brasileira nas diante das COPs 15 e 27 à luz da teoria de Hermann?", com o objetivo geral de analisar as posturas e decisões dos governos de Lula e Bolsonaro durante as COPs 15 e 27, destacando como as lideranças analisadas moldaram a posição do Brasil em negociações climáticas globais.
Descrição:
CARDILI, R. A política externa brasileira na pauta ambiental internacional (COP 15 e COP 27): uma análise comparativa dos Governos Lula e Bolsonaro à luz da teoria de Hermann. 2024. 37f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2024.