Resumo:
Este artigo discute sobre o atendimento educacional de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com ênfase na figura do “voluntário social” no espaço escolar. Apresenta como objetivo geral refletir sobre o acompanhamento das crianças com (TEA) nos anos iniciais do Ensino Fundamental, frente às expectativas e desafios colocados para o “voluntário social” no âmbito escolar, tendo em vista a ausência de uma formação acadêmica na área da formação educacional ou de estudos em nível de especialização em EducaçãoEspecial. Ametodologiaadotadanestapesquisafoiumaabordagemqualitativa,do tipo Revisão Bibliográfica e Exploratória, a partir da qual buscamos pesquisas realizadas em sites da internet, periódicos da Capes, entre outros. A coleta de dados foi possível com o uso do instrumento questionário semiestruturado, impresso com respostas manuscritas e questões abertas sobre o objeto de estudo para a professora e para a “voluntária social”. Nesse intuito, busca-se o embasamento teórico em resultados de pesquisadores, como: Oliveira e Sertié (2017); Falcão; Silva e Rocha (2023); Belei 2008; Cunha, (2015); Silva, (2009); Carvalho; Habowshi; Conte, (2019), além de documentos como (APA, 2014) que tratam dos direitos da pessoa diagnosticada com TEA, entre outros citados nesta pesquisa que discutem sobre o objeto em estudo. A análise dos dados fez-se possível pelas reflexões pontuadas pelos estudos executados por meio da revisão bibliográfica, acrescidas das percepções oriundas das profissionais entrevistadas em uma escola da Rede Municipal de Ensino de Campina Grande-PB. Participaram da pesquisa cinco professores da sala regular e de duas “voluntárias sociais” que encontravam-se em efetivo exercício profissional, em turmas dos (2o ao 3o anos) de Ensino Fundamental, expressando-se sobre as vivências destas em relação ao atendimento da criança com TEA. Assim sendo, tal procedimento metodológico vem ao encontro do que afirma Gil (2007), quando afirma que a pesquisa de cunho qualitativa não se preocupa com a representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social. As participantes da pesquisa reforçam a necessidade da formação profissional do voluntário social, ou seja, da figura do cuidador(a) com as crianças na sala regular. Na análise dos dados, observa-se um quadro de desafios destacados pela revisão da literatura e ainda pelas aproximações destas contribuições com as falas das professoras participantes da pesquisa. A contribuição deste estudo reitera a necessidade de mais investimentos de cursos de formação para os profissionais de apoio na Educação Especial, aqui, denominados de “voluntário”, e ainda provoca um debate no campo da educação inclusiva a pensar na valorização profissional e a situação da baixa remuneração da equipe interdisciplinar, específicamente da figura do “voluntário social”.
Descrição:
ALVES, M. K. A. O papel do voluntário social no processo de inclusão da criança com transtorno do espectro autista (TEA) na escola. 2024. 26 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.