Resumo:
A origem do futebol no Brasil ocorreu através das classes dominantes, proibindo os
negros e operários de participarem do esporte, restringindo apenas a elite da época.
Mas isso não impediu os negros de praticarem o esporte, ainda que fosse na
clandestinidade. Ao longo dos anos, e através da criação de ligas profissionais, os
negros puderam participar do esporte. Porém, com muitas ressalvas. Com a
profissionalização e a criação de leis, inserindo os negros no futebol brasileiro,
percebe-se que os atletas negros participam do esporte, de modo que a negritude fica
excluída. Assim, esta pesquisa visa mostrar como a branquitude influencia
diretamente na esfera futebolística e como a negritude teve que se reinventar para
participar do esporte, além de problematizar como os negros são utilizados como
mercadoria num sistema capitalista que é o futebol. Metodologicamente, para
embasar este trabalho, utilizamos os autores Conceição (2023) para discutir sobre o
racismo e como ele está enraizado na sociedade, fazendo-se presente no futebol. Em
segundo lugar, usamos as discussões de Eiras (2019), mostrando que o negro e sua
negritude no esporte são dois momentos diferentes, e Quijano (2020), refletindo
acerca dos problemas identitários causados pela colonização do continente
americano, entre outros. Em linhas gerais, podemos concluir que os problemas
enfrentados pelos negros também se fazem presente na esfera esportiva, dentro e
fora dos campos de futebol.
Descrição:
PESSOA, Gabriela de Freitas. A realidade da negritude no futebol brasileiro. 2024. 36f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2024.