Biomarcadores fisiológicos de peixes de riachos de mata atlântica dentro de uma unidade de conservação e em seu entorno

Abstract

A Mata Atlântica é uma das províncias biogeográficas mais degradadas do Brasil, e a criação de Unidades de Conservação é um dos principais métodos de reduzir a perda de biodiversidade em sua extensão. Tendo isso em mente, o projeto aqui descrito tem como objetivo comparar as condições ambientais de riachos, um dos sistemas mais impactados pela poluição e desmatamento na província biogeográfica, utilizando parâmetros ecofisiológicos que podem indicar a presença de poluentes. Para tanto, foram coletados peixes de uma única espécie (Hemigrammus unilineatus) que vivem dentro da Reserva Biológica Guaribas (PB) e fora dela, sujeitos a interferências humanas distintas. A partir dos espécimes coletados, biomarcadores fisiológicos foram utilizados como parâmetros de uniformidade para as distintas relações entre os grupos de peixes estudados, sendo eles a quantificação das proteínas plasmáticas totais, teor hídrico percentual de brânquias e músculo, e atividade do fenótipo MXR. Os resultados dos dois primeiros parâmetros fisiológicos evidenciaram estatisticamente a presença de diferenças entre os dois grupos, levando a conclusões positivas a respeito da efetividade da Unidade de Conservação, enquanto o terceiro parâmetro teve resultados inconclusivos pela provável presença de inibidores do fenótipo MXR nos locais de estudo.