dc.description.abstract |
Este trabalho tem como objetivo central analisar a música AmarElo do rapper
Emicida, enquanto instrumento de biopotência em contraposição ao sistema de
necropolítica que permeia a sociedade brasileira. Para tanto, a pesquisa adota uma
abordagem bibliográfica, recorrendo a autores como Michel de Certeau (2007),
Achille Mbembe (2016), Silvio Almeida (2018) e Marcos Napolitano (2002). Com
ênfase na questão étnico racial, foi possível perceber que AmarElo alcança um
campo de multiplicidade, criando espaços-outros, transpondo barreiras impostas,
trazendo o negro enquanto protagonista no campo intelecto, estético, da
autovalorização e da valorização da ancestralidade, de maneira a potencializar sua
corporeidade. Conclui-se, portanto, que diante de um cenário onde o corpo negro é
tido como descartável perante o sistema, AmarElo age na potencialização da vida
preta através da música. |
pt_BR |