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A perda dental tem se tornado menos frequente nas consultas odontológicas, no entanto, a perda de estrutura dental persiste como uma problemática recorrente. Nesse contexto, as lesões cervicais não cariosas (LCNCs), caracterizadas como alterações no tecido dentário duro próximas à junção amelocementária, têm se destacado como uma das principais razões de procura por atendimento odontológico especializado. Este estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado na Clínica-Escola do Curso de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campus VIII, Araruna/PB, teve como objetivo analisar os fatores de risco e a prevalência da LCNC. A amostra, constituída por 10 indivíduos, foi submetida a questionários e exames clínicos, com os dados sendo analisados utilizando o software SPSS, versão 21. Os resultados mostraram que os indivíduos avaliados apresentaram LCNCs, que acometiam principalmente pré-molares, com profundidade predominante de 1 mm. Além disso, foi observada uma correlação moderada (r = 0,698) entre a idade e o número de dentes com LCNC (p = 0,025). Quanto aos fatores de risco, 70% relataram estalidos no ouvido, 60% afirmaram apertar/ranger os dentes e 40% comentaram aplicar muita força durante a escovação. A dieta ácida também se destacou como uma variável relevante, em que metade dos pacientes relatou consumir frutas ácidas até três vezes ao dia. Conclui-se que a etiologia multifatorial da LCNC representa um desafio significativo para os dentistas, destacando a importância da busca por compreensão e prevenção. |
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