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A Odontologia classifica como Pacientes com Necessidades Especiais (PNE) as pessoas que
tenham alterações temporárias ou definitivas nas suas condições físicas, mentais, sensoriais,
comportamentais, emocionais ou sistêmicas. As limitações impostas pelos diagnósticos,
frequentemente criam barreiras significativas no acesso e na qualidade do atendimento
odontológico. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo descrever o perfil
epidemiológico dos pacientes com necessidades especiais atendidos nos Centros de
Especialidades Odontológicas (CEO) da cidade de João Pessoa-PB. Para isso, foi realizado
um estudo transversal, descritivo documental, com análise quantitativa de 229 prontuários de
pacientes atendidos entre junho de 2023 e junho de 2024. Os prontuários foram avaliados com
base em variáveis como sexo, idade, diagnóstico, especialidade dos procedimentos realizados
e técnicas de manejo empregadas. Os resultados mostraram que n=87 (38%) pertenciam ao
sexo feminino e n=142 (62%) ao sexo masculino, sendo eles, em sua maioria, classificados
entre 5 a 9 anos (35,8%). Desses pacientes, 48,9% estavam na categoria dos transtornos do
neurodesenvolvimento, com prevalência de 36,7% Transtorno do Espectro Autista (TEA), e
12,2% com deficiências físicas. As práticas preventivas foram as mais realizadas (85,15%),
enquanto o manejo comportamental foi a técnica mais aplicada (34,5%). Os achados destacam
a importância de estratégias direcionadas para atender essa população, incluindo capacitação
profissional, maior acessibilidade nos serviços odontológicos e a priorização de práticas
preventivas. O perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no CEO de João Pessoa
apresenta predominância de pacientes homens, transtornos do neurodesenvolvimento,
práticas preventivas e técnicas de manejo comportamental. |
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