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Os livros didáticos são poderosos instrumentos de formação, moldados por contextos sociais e culturais, e desempenham um papel significativo na construção da identidade nacional. No entanto, a representação dos povos indígenas nesses livros frequentemente reflete estereótipos e distorções, influenciadas por uma visão eurocêntrica da história. A colonização foi responsável pela desvalorização dos indígenas, retratando-os como selvagens, o que justificava sua escravização e evangelização. O artigo objetiva a análise da representação dos povos originários em livros didáticos, com as perspectivas das autoras BITTENCOURT (2004) e MARIANO (2006). Os livros "História – Sociedade e Cidadania (2015)" e "Pintanguá Mais História (2021)" possuem diferenças significativas nas representações indígenas: enquanto o primeiro tenta mostrar a diversidade étnica e cultural, o segundo ainda retrata os indígenas de forma estereotipada, sem considerar suas especificidades culturais. O artigo propõe a melhoria dessas representações, sugerindo que os livros didáticos abordem a diversidade cultural e étnica dos povos indígenas, tratem dos problemas atuais enfrentados por eles e representem suas tradições a partir de seus olhares. Conclui-se, então, que os professores devem estar atentos à maneira como os povos indígenas são representados nos livros didáticos, adotando abordagens que respeitem e valorizem suas culturas e etnias, para promover uma educação mais inclusiva e realista. |
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