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As crescentes preocupações com as consequências das mudanças climáticas,
principalmente em regiões semiáridas, como a Caatinga, mais suscetíveis à
desertificação e perda de biomassa verde, incentivam a medições mais detalhadas de
variáveis biofísicas e bioquímicas da vegetação como a Produtividade Primária Bruta
(PPB). PPB é um importante indicador da produtividade dos ecossistemas terrestres,
representando o CO2 absorvido pelas plantas para produção de matéria orgânica.
Dessa forma, a medição da PPB torna-se um indicador-chave para monitorar a
degradação do ecossistema Caatinga e o risco de desertificação. Assim, este trabalho
teve o objetivo de testar a aplicabilidade do modelo da eficiência no uso da LUZ (LUE)
para estimar a PPB no Cariri Paraibano, uma área de Caatinga, utilizando produtos
do satélite Sentinel-2A com resolução de 10m, comparando com o produto obtido com
o PPB do satélite MODIS. Com este também foi comparado alguns índices de
vegetação, o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI), o índice de
vegetação ajustado ao solo (SAVI) e o índice de vegetação melhorado (EVI) e as
reflectâncias nas bandas do visível e infravermelho próximo, de forma a avaliar se as
simples reflectâncias de ondas curtas ou suas associações através de índices se
aproximariam dos valores de PPB. Os resultados do modelo de regressão aditiva
(GAM) mostram que o PPB derivado do LUE, a partir da imagem do Sentinel-2A,
explica 46% da variabilidade dos dados de PPB do MODIS, já o EVI explica 58%. O
melhor desempenho do EVI pode estar ligado à sua maior capacidade de resposta
em ambientes com alta variabilidade de vegetação e relevo, além de semelhanças
nas correções atmosféricas aplicadas tanto no MODIS quanto no EVI. Portanto, os
resultados indicam que é possível mapear o PPB na Caatinga de forma simples,
objetiva e com uma boa aplicabilidade relacionada ao ambiente Caatinga. |
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