Resumo:
Existe a percepção de que a integração seria uma alternativa para o desenvolvimento e talvez, o mais viável dos meios para alcançar maior independência entre as nações. A criação da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos constitui uma iniciativa sem precedentes para consolidar e projetar a identidade compartilhada da América Latina e do Caribe, pois não conta com a participação dos Estados Unidos e Canadá. O novo bloco solidificaria os laços políticos e econômicos que unem a região e amplificaria sua voz no cenário internacional. Todavia, a nova organização é vista como redundante ante a existência à OEA, dessa forma será demonstrado que essa última já não atende satisfatoriamente às questões do hemisfério americano e que muitas vezes age em detrimento a política dos Estados Unidos. A teoria pós-colonialista é usada para analisar o objetivo da nova organização em fazer com que as vozes desses países se amplifiquem no cenário internacional, tomando base no forte desejo de conseguir autonomia por meio da realização de uma organização livre da interferência de países de fora. A despeito dos discursos otimistas sobre a integração, falta um árduo caminho a ser percorrido para que esse possa realmente ser um organismo que cumpra os objetivos delineados, levando em conta as assimetrias existentes entre os países, assim a vontade na sua concretização tomam um papel fundamental. De toda forma, estão dadas as condições de avançar na constituição da CELAC e volta-se a discutir um possível revigoramento da integração regional, permitindo uma estratégia mais qualificada de inserção global dos países latino-americanos e caribenhos.
Descrição:
MACHADO, Jessica Gomes. América Latina e caribe em busca de desenvolvimento e autonomia: uma análise sobre a comunidade dos estados latino-americanos e caribenhos. 2011. 54f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais)- Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2011.