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A presente monografia se intenciona em responder como as estratégias industriais derivadas do Made in China 2025 tornaram a China um ator competitivo no setor de semicondutores a ponto de despertar a rivalidade e reação dos Estados Unidos acirrando a disputa comercial? É sabido que o ingresso da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, representou o início de sua ascensão no mercado tecnológico global, com foco no desenvolvimento de sua indústria e na aquisição de alta tecnologia. Nesse sentido, a hipótese aponta que o sucesso no cumprimento do MIC2025 tem levado os EUA a se reposicionarem frente à crescente rivalidade tecnológica. Sob essa ótica, o trabalho visa, primeiramente, analisar a sistematização do plano Made In China 2025, a correlação entre os esforços envolvidos e o desenvolvimento chinês em tecnologias-chave e sua ascensão internacional, para, em seguida, analisar as contramedidas formuladas pelos EUA na busca por enfraquecer o desenvolvimento da China. Sendo assim, o objetivo desta monografia é analisar a iniciativa Made In China, que visa tornar a China superpotência tecnológica até 2049, com destaque para a autossuficiência no setor de semicondutores. No entanto, frente à sua capacidade de organização política e crescente protagonismo tecnológico, tal fato culminou na guerra comercial sino-americana. Para tanto, no que se refere à metodologia, a pesquisa é qualitativa e de caráter descritivo e indutivo, utilizando como ferramenta o estudo de caso para discorrer sobre o plano Made In China e, também, o recurso cronológico para corroborar com a compreensão sobre o desenvolvimento dos fatos ocorridos na disputa entre 2019 a 2023. Assim sendo, verificou-se, que os controles cada vez mais acentuados da guerra comercial-tecnológica podem provocar um “efeito rebote” fomentando maior desenvolvimento da China e gerando falhas produtivas causadas pelas restrições a certos insumos, com resultados em toda a cadeia de suprimentos de semicondutores, dado seu caráter interdependente. |
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