Resumo:
Esta pesquisa tem o intuito de analisar como as masculinidades nordestinas, especialmente na Paraíba e Pernambuco, entre 1920 e 1940, foi representada na imprensa, destacando uma imagem de homem viril, forte e violento, sobretudo heterossexual, carregando em sua aparência e trejeitos a condução de seu destino. De tal maneira que, o estudo destaca como essa (des)construção foi influenciada pelo processo de modernização social e refletida em anúncios, propagandas, inquéritos, manchetes e discussões, que moldaram o conceito de “cabra-macho”, indo além de aspectos biológicos. Portanto, por meio deste trabalho, a partir de autores como Durval Muniz de Albuquerque Júnior (2013) e Elisabeth Badinter (1993), podemos concluir que a masculinidade não é uma identidade apenas sexual, mas uma fabricação que mistura tradição e modernidade, política e cultura, medo e adversidade, influenciada por comportamentos, desejos e atitudes de um tempo e espaço. Logo, dentro dessa visão rígida de homem abriu-se espaço para diferentes expressões do masculino, como o afeminado, o transsexual, o travesti, o sensível e entre outros, promovendo uma reflexão sobre a diversidade, performance e (r)existência além de um único modelo tradicional de masculinidade paraibana e pernambucana.
Descrição:
COSTA, Carlos Henrique Agostinho da. Modos de ser e não ser homens na cidade moderna: as performatividades da(s) masculinidade(s) na imprensa paraibana e pernambucana de 1920 a 1940. 2025. 85f. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2025.