Resumo:
De origem inglesa, a prática do futebol no Brasil esteve presente desde o século XIX. Em relação às mulheres, desde a inserção do esporte no país, a realização das partidas foram envoltas por barreiras e impedimentos, marcas de uma sociedade extremamente preconceituosa. À vista disso, o presente artigo buscar-se-á discutir acerca do preconceito de gênero presente no esporte, bem como os entraves impostos às mulheres na prática do futebol. Para tanto, realizou-se uma análise historiográfica sobre o futebol praticado pelas mulheres, levando em consideração os discursos presentes à época, a partir de 1941, ano de sua proibição, até os dias atuais. Bem como, uma análise legislativa, a fim de retratar os direitos conquistados por elas, por meio da Constituição Federal. Metodologicamente, a partir de uma revisão bibliográfica, utilizamos como fundamentação teórica as contribuições de Saffioti (1987); Lauretis (1994); Goellner (2005; 2006; 2013; 2021); Pessanha (2024); dentre outros. A fim de compreender como surge e se consolida o preconceito de gênero dentro do futebol, o referido trabalho buscou contribuir para a história das mulheres, ao retratar os desafios enfrentados por elas na prática do esporte, como também os seus direitos conquistados. Dessa maneira, buscou-se questionar e romper com a visão do futebol como um espaço de domínio masculino, ao analisar os discursos, presente na sociedade ao longo do tempo, que determinavam os papéis e espaços a serem assumidos por cada sexo.
Descrição:
ALVES, Ramil dos Santos. Futebol de mulheres: Uma análise da legislação brasileira. 2025. 38f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em História)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2025.