Resumo:
Este trabalho tem como objetivo percorrer o percurso da história das arpilleras chilenas como instrumento de denúncia do terror de estado chileno (1973-1990), sua repercussão mundial, seus vestígios no brejo paraibano através do padre José Comblin e seu uso no Brasil por meio de uma pedagogia senciente utilizada pelo MAB - Movimento de Atingidos por Barragem. Partindo de uma lacuna historiográfica de pesquisa das fontes regionais, a pesquisa pauta-se na metodologia qualitativa, exploratória e bibliográfica, apoiando-se em conceitos da História Cultural partindo de uma leitura de Marjorie Agosin, Kristen Walker, Roberta Bacic. Entre as fontes estão os documentos da Biblioteca Nacional Chilena, as coleções de arpilleras presentes no Museu de Memória e Direitos Humanos em Santiago e as arpilleras e bordados chilenos encontrados em Santa Fé-PB. O artigo mostra a construção da estética da memória pela arte das arpilleras chilenas em um lugar minorizado, mas ainda assim, uma escrita hegemônica a partir delas, ignorando as raízes de sua ascensão.
Descrição:
SANTOS, Susanne Ramiro dos. Fios do cotidiano: uma trajetória das arpilleras chilenas no brejo paraibano e no Brasil. 2025. 31f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2025.