Resumo:
Este trabalho é fruto da pesquisa desenvolvida por mim, vinculada ao Programa de
Iniciação Cientifica de Voluntária - PIVIC-UEPB/CNPq, (cota 2023/2024). Criado em
2004, pelo advogado Miguel Nagib, o “Movimento Escola sem Partido” representa
setores que se opõem-se a concepções de direitos a grupos subalternizados da
sociedade. Em um país extremamente conservador como o nosso, esse cenário de
pequenas vitórias aciona um alarme a grupos hegemônicos: o masculino, branco,
cristão e heteronormativo. Desse modo, o Movimento se auto declara representante
de pais e estudantes que se contestam uma suposta contaminação político e
ideológica no ambiente escolar, praticada por militantes disfarçados de educadores.
Esse discurso propõe um espaço neutro e de proteção contra influências partidárias
em sala de aula. Nos últimos anos, ganha força, principalmente durante o processo
de impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016, em um quadro de extrema
instabilidade política e acirramento do neoliberalismo. Desta maneira, através da
pesquisa e revisão bibliográfica, de autores como: (FRIGOTTO,2019), (SILVA,2002),
(BROWN,2019), (MOURA,2016), (GARCIA,2022), dentre outros, procuro
compreender como esse Movimento representa uma ameaça para a educação,
especificamente o ensino de História. As conclusões dessa pesquisa, suscitaram que
esse cenário reflete um contexto de guerras culturais pela permanência de privilégios
da classe dominante, como também busca ramificar seus interesses no campo
educacional, através de uma ótica que despreza um ensino crítico, plural e
democrático.
Descrição:
FERNANDES, Denilson Soares. A ascensão da onda reacionária e neoconservadora brasileira: uma breve análise do Movimento Escola sem Partido e a ameaça para o ensino de história. 2025. 27f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2025.