Resumo:
O presente trabalho investiga o impacto das narrativas pessoais das mulheres combatentes nos Estudos Feministas de Segurança Internacional. Partindo da hipótese de que essas narrativas desempenham um papel fundamental ao desafiar concepções tradicionais de segurança, o estudo explora como as experiências das mulheres em conflitos armados revelam múltiplas interações entre segurança e identidade. A pesquisa revisa a evolução dos Estudos de Segurança Internacional, destacando o surgimento dos Estudos Feministas como uma abordagem multinível e multidimensional que integra o gênero como categoria analítica essencial. Ao abordar o silenciamento histórico das mulheres subalternas, discute-se a exclusão de suas vozes na narrativa acadêmica e social, conforme argumentado por Spivak e Mohanty. Utilizando a obra “A Guerra Não Tem Rosto de Mulher” de Svetlana Aléksiévitch como fonte primária, o estudo oferece uma análise detalhada das experiências emocionais e concretas das mulheres soviéticas combatentes na Segunda Guerra Mundial. Conclui-se que a amplificação dessas narrativas não apenas enriquece os Estudos Feministas de Segurança Internacional, mas também promove uma perspectiva empática e inclusiva sobre o papel das mulheres como agentes ativos na história e na Segurança Internacional.
Descrição:
FERNANDES, P. R. N. “E se o objeto começasse a falar?”: a guerra como uma experiência emocional a partir das narrativas das mulheres combatentes. 2024. 58f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2024.