Historiografia e perspectivas: a presença do santo ofício na Paraíba

Abstract

Este artigo tem como objetivo analisar a historiografia sobre a presença do Santo Ofício (Inquisição Católica) na Paraíba, a partir da sua primeira visitação em 1595. Através de uma pesquisa bibliográfica e analítica, fundamentada nos trabalhos de Novinsky (1972), Mott (1999) e Feitler (2019), destacam-se as ações do tribunal eclesiástico e de seus agentes na colônia brasileira, com ênfase no controle das condutas sociais e religiosas dos cristãos-novos exilados para o Nordeste. Utilizando conceitos de Foucault (1977) e Certeau (2002), as obras analisadas evidenciam como o poder inquisitorial operava por meio de dispositivos de repressão que moldavam corpos e as consciências. A análise revela a compreensão da atuação da Inquisição no Brasil e a importância dos cristãos-novos na formação histórica da região. Os autores investigaram por meio dos arquivos inquisitoriais, além de outros manuscritos presentes em sua maioria na Torre do Tombo em Lisboa. Concluímos que todas as questões levantadas, significa um avanço gigantesco para pensar numa historiografia paraibana e a sua importância nas futuras pesquisas sobre a Inquisição no Brasil, sabendo que os judeus forçadamente “convertidos” em cristãos--novos foram fundamentais para a construção do país.