dc.description.abstract |
Este trabalho aborda o impasse diplomático causado pelo bloqueio do espaço aéreo europeu,
praticado por Espanha, França, Itália e Portugal, ao avião presidencial de Evo Morales, em
julho de 2013, a pedido de Washington. A discussão está inserida em um contexto de
denúncias de espionagem, cometida pelo governo estadunidense, e de perseguição ao delator
Edward Snowden, ex agente da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos da
América (EUA), acusado de traição à pátria e de ajuda ao inimigo. A pesquisa explanatória
foi desenvolvida qualitativamente, com base documental e com análise bibliográfica. Os
países da América Latina condenaram a intervenção contra Evo Morales, em um
comportamento de autonomia, através da rápida articulação via União de Nações Sul-
Americanas (UNASUL), uma instituição fora do escopo político dos EUA, ao passo que os
países europeus envolvidos no incidente, integrantes da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN), não atuaram de maneira independente, valorizando a histórica relação de
apoio político aos EUA, ao acatar as conjecturas estabelecidas pela Casa Branca. Esse
incidente foi sintomático e contribuiu para a reflexão sobre o ganho de autonomia da América
Latina, fortalecendo a discussão sobre as alternativas de integração regional, em confluência
com as premissas do regionalismo pós-neoliberal e com a emergência de forças políticas e
sociais progressistas que almejam a revalorização do Estado. |
pt_BR |