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A bradicinesia refere-se mais especificamente à lentidão na execução dos movimentos e é causa de múltiplas
complicações secundárias na Doença de Parkinson (DP), constituindo um dos sintomas mais incapacitantes. O
objetivo desse estudo foi avaliar a bradicinesia e investigar sua relação com o estágio de incapacidade, evolução
da doença, desempenho motor e Atividades de Vida Diária (AVDs). Trata-se de estudo transversal, analítico e de
abordagem quantitativa, onde participaram 38 indivíduos portadores de DP. Foram utilizados o Questionário de
caracterização sociodemográfica, Escala de estágios de incapacidade de Hoehn e Yahr modificada (HYm) e a
Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS). Os dados obtidos foram submetidos à análise
estatística através do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Foi
utilizada a correlação do coeficiente de Spearman. Dos indivíduos pesquisados, 55,3% eram do sexo masculino.
A idade média foi de 69,89±9,2 anos variando entre 44 e 84 anos. O tempo médio de evolução da doença foi de
7,3±4,9 anos e o nível de escolaridade baixo. Quanto ao estadiamento da doença através da HYm, a maioria dos
portadores de DP apresentaram estágios de 1-3, o que sugere incapacidade leve à moderada. No que diz respeito
à progressão da doença avaliada através da UPDRS, observou-se que o comprometimento nas dimensões de
desempenho motor e AVDs foram os principais responsáveis pelo escore total obtido na escala. A bradicinesia
esteve presente em 100% dos indivíduos portadores de DP, com a maioria apresentando lentidão mínima
(44,7%) e grau leve (36,8%). Houve correlações moderadas da bradicinesia com o desempenho motor e UPDRS
total, e fracas com as AVDs e estágio de incapacidade da doença. Dessa forma, é possível concluir que a
bradicinesia é um fator contribuinte para pior evolução da doença, principalmente do comprometimento motor. |
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