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Os estudos etnobotânicos são fundamentais, pois possibilitam o resgate e a preservação dos conhecimentos populares das comunidades. Estas informações podem ser utilizadas em pesquisas que visem à produção de fitoterápicos no Brasil, que é ainda incipiente, apesar da sua enorme biodiversidade vegetal. Deste modo, o objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo etnobotânico com plantas indicadas e utilizadas pela população de Araruna, para tratamento de patologias. Dois questionários estruturados diferenciados foram utilizados para a obtenção dos dados sócio-econômicos e etnobotânicos, um para os raizeiros e outro para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o estudo, observou-se que a maioria dos entrevistados (66,5%) faz uso de plantas medicinais. Destes, 52,63% residem na zona rural e 47,37% na zona urbana. Além disso, 27,5% obtinham as plantas no próprio domicílio e 27% em outros locais, como na casa de parentes e amigos ou no sítio de vizinhos. Em relação a como foi adquirido o conhecimento sobre a utilização das plantas medicinais, 61% afirmaram ter obtido com a família. As plantas para fins odontológicos mais vendidas pelos raizeiros foram: boldo, camomila, canela, cajueiro roxo, alecrim, alho, babatenon, aroeira, sabugueira, cravo, romã e erva-doce. As plantas mais indicadas e utilizadas pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) foram: erva-cidreira, capim santo, boldo, sabugueira, hortelã da folha miúda, malva rosa, romã, hortelã da folha grossa, eucalipto, erva-doce, mastruz, louro, cajueiro roxo, alecrim, arruda e anador. Assim, conclui-se que a população de Araruna faz uso de plantas medicinais para o tratamento de diversos agravos à saúde. |
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