Resumo:
A dor em recém-nascidos, antes caracterizada como ausente pode ser avaliada por meio de
respostas fisiológicas e comportamentais, tais como frequência cardíaca e pressão arterial,
além de alterações da mímica facial. Na UTI estas dores acontecem durante alguns
procedimentos de fisioterapia respiratória de rotina, portanto a avaliação de tais dores visa
favorecer a adequação destes procedimentos para manter a estabilidade clínica dos recémnascidos.
Diante do exposto, o objetivo do estudo foi avaliar a dor de recém – nascidos
quando submetidos a procedimento fisioterapêutico de rotina.Foi desenvolvido um estudo
longitudinal prospectivo, realizado na UTI neonatal de um Hospital Público, analisando as
alterações fisiológicas e os padrões comportamentais e da mímica facial de 15 recémnascidos,
utilizando as escalas NIPS (Neomatal Infant Pain Scale) e BIIP (Behavioral
Indicators of Infant Pain). Os resultados não mostram diferença significativa no que se refere
à variação de frequência cardíaca, saturação de oxigênio e BIIP (face/mão), nos três
momentos estudados (ANOVA – FC: p = 0,33; Kruskal-Wallis – SpO
2
: p =0,59, BIIP
: p =
0,63); contudo mostraram diferença significativa entre os três momentos na Escala NIPS,
BIIP para sono e vigília e BIIP total (ANOVA – NIPS: p = <0,0001, Kruskal-Wallis – BIIP
:
p = 0,001, BIIP
: p = 0,002; comparação de Tuckey; p<0,0). Assim, afirma-se que as
variações fisiológicas não têm especificidade para dor, enquanto as escalas para avaliação da
dor mostraram-se eficazes na mensuração de valores que comprovem a presença desta durante
os procedimentos de fisioterapia respiratória, sendo a NIPIS mais objetiva e de mais fácil
análise.
Descrição:
BARROS, A. de F. Avaliação da dor durante fisioterapia respiratória de recém-nascidos em um hospital público. 2014. 21f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.