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O presente estudo teve como objetivo analisar como acontece a participação de alunos
com deficiência nas aulas de Educação Física em três escolas situadas na cidade de Campina
Grande – PB, sendo elas uma pública municipal, uma pública estadual e uma da rede
particular. A pesquisa de caráter qualitativo teve como instrumento seis questionários, sendo
aplicado aos seguintes sujeitos: gestores, professores de Educação Física, alunos com
deficiência, pais de alunos com deficiência, alunos não deficientes, pais de alunos não
deficientes. A partir de nosso estudo constatamos a presença de um aluno com deficiência
física no 7º ano da Escola Pública Municipal, um aluno com deficiência auditiva no 9º ano da
Escola Pública Estadual e um aluno com paralisia cerebral (PC) no 5º ano da Escola Particular.
Os dados indicaram que apenas uma, das três escolas, possui estrutura física que atenda às
necessidades dos alunos com deficiência, as outras estão em processo de adaptação. Dos três
gestores, apenas um possui conhecimento especifico de como trabalhar com alunos
deficientes em sala de aula. Todos os professores possuem graduação e especialização, no
entanto, o único conhecimento que adquiriram sobre o trato com alunos com deficiência
obtiveram na graduação, entretanto afirmam que é insuficiente para que se possa desenvolver
um melhor trabalho na escola. Os professores afirmam que conseguem inserir os alunos
deficientes nas aulas de Educação Física. Todos os 3 pais de alunos deficientes afirmaram que
não fazem nenhuma restrição aos seus filhos com relação as aulas de Educação Física, no
entanto, 1 dos pais apresentaram um certo receio de que seus filhos sejam vítimas de bullyng.
Quanto aos 14 pais de alunos não deficientes apenas 1 discordou da presença de alunos com
algum tipo de deficiências nas escolas regulares, alegando que tais alunos necessitam de
escolas especializadas. Os dados indicaram que todos os alunos PD estão inseridos nas aulas
de Educação Física e não se sentem excluídos da escola. Entendemos que não é necessário
uma redefinição do que é educação inclusiva ou das nomenclaturas para definir alguém que é
portador de deficiência, mas, uma consolidação de uma educação inclusiva condizente com o
que é disseminado na sociedade através dos meios de comunicação, para que assim
possamos ter realmente uma educação inclusiva propriamente dita com uma cultura escolar
que valorize o aluno e o professor. |
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