dc.description.abstract |
Neste trabalho, propositou-se o estudo da variação qualiquantitativa da comunidade fitoplanctônica e a sua relação com os fatores ambientais, em escala interanual. Para isso, coletas bimensais perfazendo dois anos (jul/12 – jul/14), foram realizadas no complexo lagunar do Jacaré – Grande João Pessoa, em lagoas que se conectam durante os períodos chuvosos. Parâmetros medidos in situ foram, Temperatura (°C), transparência (m) da água e profundidade (m) dos lagos. Em laboratório foram analisados pH e a Condutividade elétrica a partir de amostras de água que foram tomadas diretamente da subsuperfície, bem como para a determinação da densidade fitoplanctônica (ind.mLˉ¹) em microscópio óptico invertido. Arrasto com rede de plâncton de 20 μm foi realizado para determinação da riqueza de espécies. Dados climatológicos foram adquiridos junto ao INMET, Precipitação total (mm³) e Velocidade dos ventos (m.sˉ¹). As espécies encontradas foram enquadradas na abordagem dos grupos funcionais. As análises estatísticas realizadas foram a de Variância (ANOVA um critério), de Variância Multivariada (PERMANOVA), de Espécies Indicadoras (ISA) e de Correspondência Canônica (CCA). Os grupos funcionais encontrados foram K, Z, Lo, M e S1 (Cyanophyceae); J, F, X3 e X1 (Chlorophyceae); A, D e MP (Bacillariophyceae); P e NA (Zygnemaphyceae); W1 e W2 (Euglenophyceae); e Y (Cryptophyceae), sendo as clorófitas, o grupo mais importante numericamente. A densidade apresentou valores médios de 795 ± 365,65 ind.mLˉ¹ distribuída de forma equitativa (J’ = 0,72) entre as 44 espécies. A comunidade não diferiu estatisticamente quanto aos períodos chuvoso e de estiagem (p>0,05), nem entre as lagoas (p>0,05). A significância na diferença deu-se quanto aos períodos conectados e desconectados (F=3,5; R2=0,12; p<0,01), e entre os anos (F=3,5; R2=0,12; p<0,01). Isto mostra a importância de estudos com essa amplitude temporal. |
pt_BR |