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No limiar do século XXI, o cenário político latino-americano passa por mudanças pujantes, diante da emergência de governos de esquerda, que configuram uma reorientação no perfil da política externa dos países da região e, consequentemente, uma releitura dos modelos integrativos. Percebe-se, assim, um processo de esgotamento do ciclo do regionalismo aberto, vigente na América Latina na década de 1990, que possui cunho eminentemente econômico, a partir do questionamento da sua viabilidade para fomentar uma integração que corrobore com os reais interesses dos Estados da região. Emerge, assim, o paradigma do regionalismo pós-liberal, que visualiza a integração como instrumento viabilizador do desenvolvimento da América Latina, a partir do retorno da centralidade do Estado interventor e distanciamento das políticas neoliberais. O regionalismo pós-liberal prevê a busca pela redução das assimetrias entre os Estados, tendo maior foco na agenda política. Tal paradigma se expressa na Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), processo integrativo protagonizado pela Venezuela. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar as possibilidades e desafios para esse novo paradigma integrativo na região, a partir do estudo do caso da ALBA. A pesquisa se realizará pela análise documental e produção bibliográfica que verse sobre o fenômeno do regionalismo e as relações internacionais latino-americanas. |
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