dc.description.abstract |
Os embates travados, nas últimas décadas, por povos palestinos e israelenses têm chamado atenção da comunidade internacional visto seu caráter complexo. De um lado tem-se Israel, país legalmente constituído e soberano; do outro, a Palestina, território que clama pela constituição e reconhecimento de um Estado Palestino. Enquanto o primeiro parece estar disposto a impedir que o sonho palestino ganhe forma, o segundo encontrou na evolução de seu movimento nacionalista uma forma de se buscar concretizar tal objetivo. Nesse cenário, por exemplo, o surgimento do Fatah e Hamas, facções políticas palestinas nascidas, respectivamente, nas décadas de 50 e 80 como reação ao descontentamento causado à forma como se lidava com a “causa palestina” ganham destaque. Reflexos de uma crescente campanha nacionalista, inicialmente ambos os partidos reivindicavam a libertação de toda a Palestina e o uso da luta armada como alternativa às retaliações israelenses, todavia com o passar dos anos foram sofrendo alterações que, notadamente, acabaram por moldar o próprio conflito. Assim, resta claro que não só as interações entre Israel e a comunidade palestina devem ser levados em conta. A maneira como cada Movimento via o modo de agir do outro se faz preponderante. Destarte, o presente trabalho acredita que compreender as raízes dos desentendimentos entre o Fatah e o Hamas ajuda a investigar em que medida este conflito interno consegue gerar mais obstáculos à constituição de um Estado palestino do que à sua implementação. Portanto, cabe à esta pesquisa analisar a construção e o desenvolvimento das relações entre esses dois partidos à luz de suas implicações para a perpetuação do conflito palestino-israelense e, por conseguinte, ao recém-criado panorama de acomodação política. |
pt_BR |