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Este estudo teve como objetivo analisar a prática de formação dos/as educadores/as
da escolarização do projeto “Aprendizes da Terra”, na regional Curimataú/PB, com a
intenção de aprofundar os estudos sobre a temática que envolve a Educação do
Campo. Para realização deste estudo foi utilizada a pesquisa participante que só é
possível ser concebida a partir do reconhecimento do individuo como parte fundante
e contribuinte na produção do conhecimento e isso só é possível se houver um
envolvimento entre quem pesquisa e quem é pesquisado, em que a ciência não
deve ser o centro do trabalho, mas sim, aquilo que expressa os próprios sujeitos
pesquisados. Associamos esta abordagem ao estudo de caso, pois permitiu-nos
uma aproximação mais de perto com a prática de pesquisa, considerando as
manifestações, ações e percepções dos sujeitos em estudo. Estas abordagens
conjuntamente procuram incentivar a autoconfiança e a efetiva
participação/interação entre pesquisador e pesquisados, Neste sentido tivemos a
oportunidade de lançar outros olhares para o contexto em desenvolvimento como
planejamentos, visitas, aulas de campo, atividades culturais e religiosas,
instrumentos que orientaram nossa pesquisa e que serviram para produzir mais
questionamentos a prática de sala de aula e a produção de materiais didáticos
pedagógico, que passaram a ser utilizados pelos indivíduos, sendo essas
experiências capazes de fomentar uma transformação na busca constante para
mudança da realidade educativa dos sujeitos Sem Terra. Resultando na conquista
dos/as camponeses/as da faixa de analfabetismo, resultado das 18 turmas de
escolarização só na regional Curimataú/Borborema/PB o que favoreceu a inserção
dos sujeitos na escola. Esse processo ajudou os/as Sem Terra a juntos romper a
cerca do saber, fortalecendo assim, o movimento e suas intervenções. Embora
tenham tidos muitas dificuldades e limites, os avanços resultantes foram 620
pessoas escolarizadas e destes 219 nesta regional e mais de 50 educadores/as que
vivenciaram um processo de formação continuada desenvolvida através de
Seminários, oficinas, planejamentos e cursos na região nordeste, que não só
ajudaram a entender a pedagogia do movimento, como fortaleceu a participação dos
sujeitos nas diferentes práticas político-educativas do MST. |
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