Resumo:
A vegetação nativa, oriunda da caatinga tem grande importância para manutenção da atividade pecuária no Nordeste, pois apresenta flora diversificada, com inúmeras espécies nos diferentes estratos da vegetação (arbustivo, arbóreo e herbáceo) que são consumidas por bovinos, caprinos e ovinos. Objetiva-se com esta pesquisa avaliar a composição bromatológica e a curva de desidratação de Jitirana peluda (Merremia aegyptia L. Urban) durante o processo de secagem a campo. O material vegetal para determinação da curva de desidratação foi coletado em áreas de ocorrência natural da espécie nas dependências físicas do Departamento de Agrárias e Exatas da Universidade Estadual da Paraíba, Microrregião de Catolé do Rocha-PB. Após o corte as amostras foram colocadas para desidratar a campo em área cimentada e amostras foram coletadas nos tempos zero (momento do corte) e posteriormente em intervalos de três horas (0, 3, 6, 9, 24, 27 e 30 horas) quando foi determinado o ponto de feno. Para a estimativa da produção de fitomassa e proporções de caules e folhas utilizou-se uma moldura de ferro com dimensões de 0,50x0,50, sendo o material vegetal cortado, pesado e separado as folhas das hastes. A jitirana apresenta alta taxa de secagem, atingindo valores acima de 70% de MS em 27 horas de exposição. No entanto, para alcançar a umidade de equilíbrio com a fração folha são necessárias cerca de 30 horas de exposição da forragem. A produção de massa verde da jitirana com aproximadamente 45 dias pode ser considerada satisfatória, apresentando comportamento crescente até a floração. O tempo necessário para desidratar a jitirana, nas condições climáticas em que foi produzido o feno, foi de 30 horas após o corte. A Jitirana apresenta potencial para ser utilizada como forrageira, pois apresenta produção satisfatória de fitomassa verde e boa relação folha/haste. O processo de fenação não afeta a qualidade da espécie estudada.
Descrição:
BEM, F. A. M. Curva de desidratação e composição químico-bromatológica do feno de jitirana peluda (Merremia aegyptia L. Urban). 2016. 18f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Agrárias) - Universidade Estadual da Paraíba, Catolé do Rocha, 2016.