Infecções sexualmente transmissíveis e seus fatores de risco em pessoas com deficiência visual

Abstract

Objetivou-se verificar a ocorrência de Infecções Sexualmente Transmissíveis e seus fatores de risco em pessoas com deficiência visual. Estudo de investigação epidemiológica, descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido no Instituto dos Cegos de Campina Grande/PB, no período de Agosto de 2014 a Julho de 2015. A amostra foi composta por 58 pessoas com deficiência visual. Para coleta de dados utilizou-se um formulário semiestruturado. Os dados foram compilados em um banco de dados, processados e analisados em software estatístico e apresentados em tabelas, com frequências absolutas e relativas. O projeto atendeu os preceitos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Obteve-se que das pessoas com deficiência visual: 84,5% possuem vida sexual ativa, 5% apresenta diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis e 12% já teve alguma infecção sexualmente transmissível. Alegam ter conhecimento sobre infecções sexualmente transmissíveis (93,1%) e seus fatores de risco (91,4%), desses, o não uso da camisinha foi destaque (44,6%), entretanto relatam não fazer uso do preservativo (46%). Através da investigação epidemiológica, o estudo mostra casos diagnosticados de infecções sexualmente transmissíveis e seus fatores de risco em pessoas com deficiência visual, há o conhecimento e presença dos fatores de risco na vida dessas pessoas. Faz-se necessário uma maior atenção de profissionais para esta temática, o enfermeiro tem o manejo para prevenção das IST na atenção primária e poderá enfatizar a educação sexual para este público, para obter mudança de comportamento e impedir a prevalência de infecções sexualmente transmissíveis, com a intuito de garantir uma vida digna para as pessoas com deficiência.