Resiliência e suporte social em idosos: Estudo transversal

Abstract

Este estudo objetivou identificar correlações entre a resiliência e o suporte social e associações entre a resiliência e variáveis sociodemográficas (sexo, idade, renda, estado civil, arranjo de moradia). Trata-se de um estudo quantitativo descritivo, do tipo transversal, realizado com uma amostra de 86 idosos residentes no município de Campina Grande-PB. Os dados foram obtidos com a aplicação da Escala de Resiliência, da Escala de Suporte Social Percebido, do Questionário sociodemográfico e de arranjo de moradia. A média de idade foi de 75,7 anos (DP=5,35). Houve predomínio de mulheres (72,1%; n=62) e de lares multigeracionais. Observou-se alta capacidade de resiliência nos idosos (M=134,37; DP=16,6) e não foram observadas associações entre a resiliência, as variáveis sociodemográficas e o arranjo de moradia. Demonstraram, no entanto, índices mais elevados de resiliência entre os idosos que não vivem sozinhos (71,8%; n=56) e que moram com os filhos (72,3%; n=47). Os idosos relataram elevado índice de suporte social. Foi obtida apenas uma correlação fraca e positiva entre o fator Independência e determinação da escala de Resiliência com o suporte social (p = 0,005). A análise de regressão linear revelou que o suporte social não se apresenta como uma variável preditiva para a capacidade de resiliência no grupo pesquisado. Faz-se necessário o desenvolvimento de novos instrumentos de pesquisa que possibilitem o estudo mais preciso dos efeitos protetores do suporte social sobre a capacidade de resiliência em idosos, mediante o seu processo de adaptação psicossocial frente às adversidades da velhice.