Avaliação da destinação dos resíduos de equipamentos eletroeletrônicos das assistências técnicas da cidade de Campina Grande – PB

Abstract

Com os grandes avanços tecnológicos que vivemos hoje, é inevitável que os resíduos sólidos não acompanhem o mesmo ritmo. Além de serem produzidos com grande velocidade por causa do imediatismo contemporâneo, ficaram mais heterogêneos e de difícil gerenciamento, tratamento e destinação, a exemplo dos Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE). Com o desenvolvimento tecnológico frenético, a obsolescência dos Equipamentos Eletroeletrônicos (EEE) está cada vez mais acelerada. Esses resíduos possuem uma alta capacidade poluidora, graças à sua constituição baseada em metal pesado e outras substâncias tóxicas. Por causa da sua periculosidade, torna-se relevante prover uma destinação adequada e sustentável, observando a promoção da saúde pública e do meio ambiente. O controle e a diminuição dos REEE ocorrem através da observância de leis e normas em vigor, tais como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) Lei 12.305/2010 e sua regulamentação pelo Decreto nº 7.404/2010. Quando esses equipamentos estão danificados, são levados para assistências técnicas especializadas com o intuito de serem consertados, seja por substituição de algum componente ou por reparo total, procedimentos que geram resíduos. Portanto, nesse momento surge à necessidade das assistências técnicas de se posicionarem, de maneira ambientalmente correta, quanto à destinação de seus resíduos, já que elas estão mais próximas dos fabricantes e suas orientações. Sendo assim, o retorno dos REEE ao fabricante é o cumprimento da Logística Reversa (LR) de acordo com a PNRS. Diante disso, este trabalho tem com objetivo investigar a geração e o destino final dos REEE das assistências técnicas da cidade de Campina Grande – PB. Esta pesquisa é do tipo exploratório, elaborada com base na aplicação de questionário do tipo misto e revisão bibliográfica por meio de artigos, dissertações, livros, reportagens e revistas. Através deste trabalho pudemos verificar que a maioria das assistências da cidade dá um destino correto para os REEE, não objetivando um bom desenvolvimento do bem estar social e da saúde pública e ambiental, mas visando à geração de renda ou descarte dos resíduos acumulados que oferecem riscos para os estabelecimentos. Outro destino, dos REEE em Campina Grande, é o projeto ETER Recicla, da Escola Técnica Redentorista, que recebe em média de sete a dez toneladas de REEE, a cada três meses. No entanto, o ETER Recicla carece de apoio e maior divulgação na cidade.