Levantamento de plantas tóxicas em áreas de pastejo no município de Catolé do Rocha - PB

Abstract

As pastagens são consideradas um dos maiores e mais importantes ecossistemas do Brasil. Coexistem de forma espontânea com as forrageiras implantadas, espécies consideradas indesejáveis por competirem com as forrageiras ou por terem propriedades tóxicas. Diante disso, objetivou-se com esse estudo, identificar a ocorrência de plantas tóxicas em áreas de pastejo no município de Catolé do Rocha - PB. A pesquisa foi realizada através de entrevistas, em dez propriedades. O questionário possuía trinta perguntas com dois pontos a serem considerados: Caracterização do entrevistado e da propriedade. Os resultados mostraram que 100% dos entrevistados são do sexo masculino, com faixa etária de 50 a 67 anos e nível de escolaridade variando do fundamental ao superior incompleto, podendo-se destacar apenas um dos produtores com maior nível escolar. Em relação ao sistema de criação, em 100% das propriedades é extensivo. Em 80% das propriedades visitadas existem plantas tóxicas na pastagem, as quais foram identificadas como: salsa (Ipomoea asarifolia L.), tingui (Mascagnia rigida Griseb), angico (Anadenanthera colubrina Var. Cebil), Dedal de dama (Allamanda cathartica L. Syn) e Nim ( Azadirachta indica A. Juss). Para os entrevistados uma planta tóxica seria uma espécie que quando consumida pelo animal ele adoece e pode até vir a óbito. Quando são diagnosticados deve-se aplicar um medicamento antitóxico a esses animais. Ficou comprovada a ocorrência de plantas tóxicas nas pastagens e propriedades visitadas no Município de Catolé do Rocha. A Convolvulaceae - Ipomoea asarifolia L. conhecida usualmente por salsa é a espécie de maior ocorrência no município. Trabalhos de diagnósticos de ocorrências de plantas tóxicas e intoxicação de animais por estas são limitados para a Região Nordeste, sendo necessário assim o investimento em mais pesquisas nesse sentido.