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Título: Ancestralidade paterna de pacientes com mucopolissacaridose tipo IV-A no Estado da Paraíba
Autor(es): Nascimento, Denise de Queiroga
Palavras-chave: Ancestralidade Européia
Haplogrupos
Marcadores genéticos
Mucopolissacaridose
Data do documento: 12-Abr-2016
Resumo: As MPS são um grupo de doenças genéticas herdadas de maneira autossômica recessiva. Elas são ocasionadas por um erro enzimático na qual compromete a degradação dos glicosaminoglicanos que são consequentemente acumulados nos lisossomos. No caso da MPS tipo IV-A a enzima deficiente é a n-acetil-galactosamina- 6-sulfatase (GALNS) que leva ao acúmulo de queratan-sulfato no interior da célula. Essa doença pode ter sofrido uma contribuição genética migratória, visto que o Brasil descende de ancestrais europeus, africanos, e ameríndios. Essa miscigenação determinou um novo cenário na composição genética da população brasileira atual.Paraentenderas questões de origem e formação de populações modernas, a genética utiliza marcadores genéticos moleculares capazes de reconstruir a história de um povo.Os seguintes marcadores genéticos foram escolhidos por apresentar maiores freqüências nas regiões dos principais colonizadores, sendo o M343, SRY-1532, YAP e DYS199. Cada um deles demarca uma região geográfica na qual chamamos de haplogrupo e ao definir quais deles os pacientes derivam foi realizado uma comparação com os da população brasileira.O haplogrupo R* representa a região européia e dele se subdividem os haplogrupos R1a*, presente na Europa Oriental e o R1b* encontrado principalmente na região portuguesa. O marcador M343 (A/C) é definido pelo R1b* e o marcador SRY-1532 (A/G) determina o R1a*. O haplogrupo DE* encontrado na região Sub-Saharianaestendendo-se ao Norte da África é definido pelo marcador YAP (+/-) e o Q3, haplogrupo das regiões das Américas, é caracterizado pelo DYS 199(C/T). Por meio da utilização destes marcadores, aplicados ao cromossomo Y,considerado umaimportante ferramenta para estudos ancestrais por conter em sua região não recombinante informações pré-históricas,o presente estudo teve por objetivo identificar à ancestralidade paterna de pacientes diagnosticados com MPS tipo IV-A no estado da Paraíba, a fim de encontrar a natureza e origem da doença. Foram analisados 14 pacientes sendo 9 homens e 5 mulheres, estas representadas por seus parentes do sexo masculino diretos. A partir das análises foi observada uma freqüência de 64,29% do haplogrupo R1b*, 21,43% do haplogrupo R*amplamente distribuído na Europa, 7,14% de ancestralidade africana e 7,14% da Europa oriental (R1a), além da ausência de contribuição ameríndia. De acordo com os dados históricos e genéticos obtidos neste estudo é possível inferir uma origem ancestral paterna européia para a MPSIV-A na Paraíba, tendo os alelos chegando a região com as famílias portuguesas que povoaram a região da Paraíba na época da colonização. Enquanto, que o elevado número de pacientes para MPSIVA encontrados no estado da Paraíba pode ser explicado pela presença dos fatores evolutivos observados na população como:consaguinidade e efeito fundador.
Descrição: NASCIMENTO, D. de Q. Ancestralidade paterna de pacientes com mucopolissacaridose tipo IV-A no Estado da Paraíba. 2016. 49f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/14275
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