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Título: Ancestralidade de pacientes com mucopolissacaridose tipo III-C com marcadores de linhagem: Análise do DNA mitocondrial
Autor(es): Silva, Eliene de França
Palavras-chave: DNA mitocondrial
Ancestralidade
Mucopolissacaridose
Data do documento: 18-Out-2016
Resumo: O estudo do povoamento das diferentes regiões mundiais fornecem informações que favorecem a compreensão da variabilidade genética nos diferentes grupos populacionais. A variabilidade genética nas populações, em especial no Brasil, é resultado da miscigenação instituída pelas migrações, principalmente, dos europeus e africanos. O agrupamento dessas populações não se deu de forma homogênea: pequenas populações, no decorrer das gerações, constituíram aglomerados de informações genéticas semelhantes levando ao aparecimento de doenças raras, como a Mucopolissacaridose (MPS). A MPS III-C é uma doença genética de depósito lisossômico causada pela deficiência da enzima Acetil-coA-α-glucosamina acetiltransferase, que leva ao acúmulo do sulfato de heparano nas células, causando ao várias disfunções ao individuo, particularmente, disfunções progressivas no sistema nervoso. Para conhecer a diversidade dos haplogrupos presentes nas populações, a genética de populações utiliza marcadores de linhagens. Na presente pesquisa, foram utilizados marcadores de matrilinhagem com objetivo de identificar a ancestralidade materna dos pacientes diagnosticados com MPS III-C no estado da Paraíba. Sete amostras de pacientes paraibanos com MPS III-C foram submetidas a análise . A região HVRI e HVRII do DNA mitocondrial (DNAmt) dos pacientes foi amplificada, sequenciada bidirecionalmente em sequenciador automático (ABI3500XL) e analisadas pelos Softwares online MITOMASTER e HaploGrep. Os resultados obtidos revelaram a presença de seis haplogrupos: dois ameríndios: A2 (29%), A2al(15%), três africanos: L3e1a1 (14%), L3b (14%), L2b, (14%) e um europeu: J1c (14%). A partir desses haplogrupos foi calculado por estatística direta a contribuição de cada grupo populacional. As linhagens predominantes foram à ameríndia (43%) e a africana (43%), enquanto a contribuição europeia foi de 14%. As frequências obtidas para a linhagem materna dos pacientes com MPS III-C são semelhantes as frequências encontradas nos paraibanos saudáveis. Desta maneira, a origem da mutação responsável pelo desenvolvimento de MPS III-C provavelmente não está ligada as linhagens maternas africanas e ameríndias.
Descrição: SILVA, E. de F. Ancestralidade de pacientes com mucopolissacaridose tipo III-C com marcadores de linhagem: Análise do DNA mitocondrial. 2016. 45f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/16396
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