Degradação da geodiversidade no sítio arqueológico Serra do Bodopitá: Pedra do Touro - Paraíba

Abstract

A geodiversidade pode ser descrita como “a variedade de ambientes geológicos, fenômenos e processos ativos que dão origem a paisagens, rochas, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais que são o suporte para a vida na Terra” (STANLEY, 2000). O Brasil possui 23 Domínios Geológico-Ambientais que apresentam uma rica Geodiversidade, inseridos nas regiões mapeadas pela Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais – CPRM (2004) onde são encontradas estruturas geomorfológicas, que ao longo dos anos, por diversos motivos, passam por processos de degradação que fazem acender um alerta para o cuidado com a preservação desses locais. No município de Queimadas são encontrados afloramentos de rochas, serras, matacões com registros de inscrições rupestres, que sofrem processos de vandalismo, ameaçando a manutenção da geodiversidade local. Nesse sentido, esse artigo possui como objetivo geral analisar o processo de degradação da geodiversidade na Pedra do Touro, localizada na área urbana da cidade de Queimadas – PB. O procedimento metodológico usado para atingir o objetivo proposto teve como base trabalhos de campo e realização de entrevistas e aplicação de questionários com a população que habita nas proximidades da Pedra do Touro, bem como com representantes da gestão municipal de Queimadas. Os resultados apontam que apesar da importância histórica e cultural do local, o mesmo ainda não é reconhecido como patrimônio arqueológico por parte dos órgãos competentes e continua sofrendo com a degradação praticada pelo ser humano.