Estudo da viabilidade da incorporação dos resíduos de corte do mármore e granito em argamassa para revestimento

Abstract

A habitação adequada é um fator de grande importância para o desenvolvimento de qualquer ser humano e com o cidadão brasileiro não é diferente, contudo, a construção civil é o principal contemporâneos é conciliar esta demanda com o desenvolvimento sustentável. Portanto, a utilização de materiais alternativos pode contribuir para minimizar os impactos ambientais e, ainda, melhorar a qualidade dos materiais. O resíduo de corte de mármore e granito (RCMG) gerados nas indústrias de rochas ornamentais do Brasil é uma delas. Porém um dos problemas enfrentados pelo RCMG reside no fato de serem depositados nos arredores das empresas ou em barragens de rejeito improvisadas. A presente pesquisa propõe uma forma adequada de destinação do resíduo de corte de mármore e granito. Assim, além de procurar uma solução de destinação ambientalmente correta e economicamente viável para as indústrias, objetiva -se também uma solução direcionada ao seu reaproveitamento. A forma de reaproveitamento proposta é através da incorporação do RCMG em argamassa para revestimento de paredes e teto, composta por uma areia siltosa (massame) e cimento Portland, com traço 1:7 (cimento e massame), escolhido de um planejamento fatorial. Realizou-se a substituição de parte da massa de cimento por equivalente de 5, 10 e 15% de massa RCMG. As variáveis controle utilizadas foram o fator água/cimento, variando entre 1 e 2 e o percentual, em massa, de substituição do cimento pelo resíduo. Com relação à resistência, observou-se que a mesma atingia seu máximo valor aos 28 dias, segundo a NBR 13281 (2001) e que a maior resistência foi observada quando se verificou o menor fator água/cimento. A densidade apresentou uma redução com o aumento do percentual dos resíduos, a retenção de água e resistência indicaram uma argamassa classificada como II- Normal de acordo com a NBR 13281 (2001). Portanto, o RCMG mostra ser uma alternativa viável economicamente, pois reduz os custos das matérias primas além de reduzir a quantidade de resíduos de rochas ornamentais depositados em locais inadequados.