Toxicidade do lixiviado de uma célula de resíduos sólidos urbanos do aterro sanitário em Campina Grande – PB

Abstract

Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) de aterros sanitários geram líquidos resultantes do processo de biodegradação que apresentam várias características. Uma dessas características é a toxicidade causada pelo nitrogênio amoniacal e os metais pesados. Tais componentes tóxicos podem causar possíveis impactos ambientais negativos para o solo e os recursos hídricos, assim como também para a saúde pública. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é estudar a toxicidade dos RSU depositados na Célula 4 no aterro sanitário em Campina Grande – PB através do lixiviado gerado. Para a avaliação da toxicidade foi realizada por meio de análises físico-químicas, testes de fitotoxicidade com o uso de sementes de repolho (Brassica oleraceae) e tomate (Solanum lycopersicum), além de verificar a correlação presente entre os dados obtidos por meio de Matriz de correlação e Análise de Componentes Principais (ACP). Com os resultados verificou-se que as raízes de repolho são mais sensíveis que as de tomate, assim como a germinação das sementes diminuíram com o tempo devido à toxicidade causada pela a presença da amônia em sua forma tóxica. Além disso, com o passar dos dias o aumento do pH fez com que os metais diminuíssem e ficassem precipitados na camada de solo e nos resíduos, ficando menos disponíveis no lixiviado. Portanto, o efeito tóxico foi fortemente influenciado pelo pH. Através dos dados analisados foi observado que a elevação do pH no lixiviado ao longo do tempo influenciou presença da amônia em sua forma tóxica.No entanto o pH básico favoreceu na diminuição dos metais pesados que por sua vez ficaram precipitados na massa de resíduos e no solo causando toxicidade.