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Título: Ecologia trófica e fases ontogenéticas de Sphoeroides testudineus (Linnaeus 1758) (Teleostei: Tetraodontidae), no estuário do Rio Mamanguape – PB
Autor(es): Silva, Elizabeth Amorim da
Palavras-chave: Ecologia trófica
Semiárido
Peixe
Sphoeroides testudineus
Data do documento: 26-Set-2018
Resumo: Os estuários são ambientes onde há diluição de águas doces e salgadas, são complexos onde apresentam áreas de mangues, o que contribuem para as espécies utilizarem como berçário, possibilitando alimento e abrigo para os juvenis. Os baiacus, Sphoeroides testudineus, são populares por inflar seu corpo quando se sente ameaçados e por conter veneno em suas vísceras, apresentado de forma abundante nos estuários do nordeste do brasileiro. Dada a importância dessa espécie para ecologia trófica, o presente estudo objetivou verificar as mudanças da dieta em questão nas diferentes fases ontogenéticas, nos períodos de chuva e seca ao longo do Rio Mamanguape. O estuário foi dividido em duas zonas, inferior (zona 1) e superior (zona 2), no qual os peixes foram coletados com três redes “fyke” instaladas paralelamente ao mangue em maré baixa e retiradas na marés altas, e uma rede tipo “beach seine”, para realizar três arrastos paralelamente a margem durante três minutos. Foram analisados 830 estômagos, os itens mais encontrados foram Bivalvia e Brachyura. No período chuvoso na zona inferior (zona 1) os itens mais abundantes foram Brachyura, Bivalvia e Ostracoda correspondendo no total de 83,99% do IRI. Na zona superior (zona 2) Bivalvia, Brachyura e Material Vegetal, sendo o IRI 66,13% dos itens consumidos. Já no período da seca na zona 1 os peixes se alimentaram predominantemente de Bivalvia (IRI= 62,65%), enquanto na zona 2 consumiram Bivalvia, Gastropoda e Brachyura, com IRI total a 75,27%. No período de chuva, na zona 1, os juvenis se alimentaram de Brachyura e Bivalvia o que corresponde 63,3% do IRI, enquanto os adultos se alimentaram (IRI= 72,14%) de Bivalvia e Brachyura. Já na zona 2 durante o mesmo período, os juvenis tinham uma dieta baseada em (IRI= 50,4%) de Bivalvia e Brachyura e os adultos em (IRI= 68,37%) de Bivalvia, Brachyura, Ostracoda, Material Vegetal e Peixe. No período de seca, na zona 1, os juvenis se alimentaram em (IRI= 71,88%) de Bivalvia e Poliqueta Errante enquanto os adultos continham em seus estômagos 61,32% de Material Vegetal . Já na zona 2 durante o mesmo período, os juvenis tinham uma dieta baseada em (IRI 46,41%) de Bivalvia e Brachyura , e os adultos em (IRI=87,77) de Gastropoda, Bivalvia e Poliqueta Errante. Os resultados apontaram que as variações sazonais influenciam a dieta dos S. testudineus ao longo do estuário nas fases ontogenéticas. Então concluímos que a disponibilidade dos recursos alimentares está ligada com a variação sazonal, fazendo com que a espécie estudada alimente-se do que é concedido pelo ambiente. Assim demostrando ser uma espécie oportunista. Destacando o fluxo de energia nas diferentes fases ontogenéticas. Assim também como ocorreu a relação do grau de repleção estomacal com o ciclo das marés, mostrando a influencia da mesma no êxito da predação. Portanto, as características são essenciais para o sucesso do S. testudineus nos estuários tropicais.
Descrição: SILVA, E. A. da. Ecologia trófica e fases ontogenéticas de Sphoeroides testudineus (Linnaeus 1758) (Teleostei: Tetraodontidae), no estuário do Rio Mamanguape – PB. 2018. 41f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/17982
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