Avaliação do destino dado aos resíduos radiográficos gerados nos consultórios odontológicos públicos e privados em Campina Grande – PB

Abstract

A radiologia como auxiliar no diagnóstico em odontologia tornou-se cada vez mais necessária na maior parte das especialidades odontológicas. Junto com sua ascensão também veio o maior cuidado com a biossegurança, pois o procedimento da tomada radiográfica e da revelação inclui a utilização da radiação ionizante e de substâncias químicas que podem ser prejudiciais à saúde pública e ao meio ambiente. O objetivo dessa pesqui sa, a qual foi composta por um total de 4 instituições públicas e 46 consultórios e clínicas particulares, que aceitaram participar da mesma, foi avaliar o destino dado aos resíduos radiográficos gerados nos consultórios odontológicos públicos e privados em Campina Grande, Paraíba. Foi utilizado um questionário próprio como instrumento de coleta de dados, no qual foi respondido por cirurgiões-dentistas que atendem nesses consultórios. Os resultados deste estudo apresentou que a maioria dos consultórios, privados (n = 41; 89,1%) e públicos (n = 4; 100,0%), utilizavam aparelho analógico. Quanto a forma de descarte dos resíduos radiográficos, nos consultórios privados, a solução fixadora (n = 16; 35,6%), solução relevadora (n = 15; 33,3%) e a lâmina de chumbo (n = 16; 35,6%) eram entregues aos órgãos de coleta de resíduos contaminados, sendo a água da lavagem intermediária e final descartada diretamente na rede de esgoto (n = 28; 60,9%). Já nos consultórios públicos, metade (n = 2; 50,0%) faz o descarte das soluções radiográficas na rede de esgoto, a outra metade (n =; 50,0%) entrega para o órgão específico de coleta. A água utilizada na lavagem intermediária e final, em todos os consultórios, é descartada na rede de esgoto (n = 4; 100,0%). Sendo apenas a lâmina de chumbo, entregue para o órgão específico de coleta (n = 3; 75,0%). A maioria dos profissionais de ambos os tipos de consultórios, afirmaram conhecer a forma correta de descarte e as exigências dos órgãos fiscalizadores, porém verificou-se uma grande negligência desses profissionais quanto aos riscos que essas atitudes podem causar, sendo necessário intervir com bastante empenho para que essa realidade seja modificada, começando pela graduação, juntamente com campanhas e incentivo aos profissionais sobre o tema. Havendo uma necessidade de maior fiscalização dos órgãos responsáveis, para conseguir manter o controle, preservando a saúde e o meio ambiente.