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Título: Ecomorfologia e dieta de peixes no estuário do Rio Paraíba, Paraíba, Brasil
Autor(es): Oliveira, Samara Pereira de
Palavras-chave: Atherinella brasiliensis
Análise morfométrica
Dieta de peixes
Data do documento: 9-Mai-2018
Resumo: Estuários compreendem um ambiente altamente dinâmico que comporta uma grande diversidade de organismos, incluindo peixes, os quais apresentam uma grande variedade de formas, hábitos e modos de captura de alimento, proporcionando o uso de diferentes recursos oferecidos pelo ambiente. A ecomorfologia é bastante relevante para o conhecimento biológico destes indivíduos, revelando possíveis relações entre suas características morfológicas, habitat e dieta. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi caracterizar a morfologia e analisar a dieta dos peixes verificando as possíveis relações ecomorfológicas existentes. Os peixes foram coletados através de arrastos manuais no Estuário do Rio Paraíba, entre maio de 2016 e março de 2017. A caracterização da morfologia e da dieta foi realizada para as espécies que apresentaram o n≥20 indivíduos. Foram analisados sete atributos morfológicos em quinze espécies de peixes, as quais foram comparadas por meio de técnicas de ordenação e agrupamento. A dieta de 801 indivíduos foi analisada por meio do índice alimentar (IAi), a fim de revelar os itens ingeridos e a proporção consumida pelos peixes de cada espécie. As análises de agrupamento demonstraram a formação de grupos com similaridades e diferenças entre morfologia e dieta, separadamente. Espécies com características morfológicas similares foram classificadas em dois grupos funcionais que incluiu espécies com formas corporais lateralmente comprimidas e outras com formas cilíndricas. Os resultados mostraram que existe relação entre morfologia, habitat e dieta, e que espécies da mesma família apresentaram predominância de diferentes itens alimentares, agrupando-se em distintos grupos tróficos, o que pode ser associado aos diferentes padrões do uso do habitat por essas espécies, que o fazem no sentido de evitar a sobreposição alimentar. Evidenciamos ainda que itens que não fazem parte da dieta dos indivíduos, como microplásticos e parasitos, apontam para uma perda da qualidade deste ambiente estuarino, o qual necessita de atenção para um manejo adequado que minimize os impactos antrópicos levando em consideração a importância biológica desse sistema estuarino para a ictiofauna dele dependente.
Descrição: OLIVEIRA, S. P. de. Ecomorfologia e dieta de peixes no estuário do Rio Paraíba, Paraíba, Brasil. 2018. 43f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2018. [Monografia]
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/20178
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