A influência da fisioterapia na esclerose múltipla

Abstract

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurodegenerativa que afeta cerca de 2,3 milhões de adultos em todo o mundo. A EM tem uma ampla gama de sintomas, incluindo fraqueza muscular, paralisia, fadiga, disfunção cognitiva, espasticidade, equilíbrio prejudicado, distúrbios visuais e sensoriais. A fadiga muscular é a principal causa de incapacidade nas atividades de vida diária e piora dos sintomas habituais da EM, a redução da qualidade de vida está relacionada à saúde. Embora existam evidências suficientes apoiando os efeitos benéficos da fisioterapia em indivíduos com incapacidades leves à moderadas da esclerose múltipla, portadores desta patologia geralmente são menos ativos fisicamente que a população saudável em geral. Na literatura científica, há muitas abordagens que a fisioterapia engloba a mobilidade e os sintomas leves e severos relacionados à EM, incluindo estimulação elétrica funcional, imagética motora, marcha, equilíbrio, força, fisioterapia aquática, estímulo visual, reabilitação virtual, treino aeróbico e kinesio tapping. Os distúrbios da marcha são outras das principais causas de consultas terapêuticas, com base na percepção do paciente sobre o impacto na qualidade de vida. Observa-se a importância da avaliação periódica da marcha para avaliar a progressão da patologia e monitorizar os efeitos das terapias de reabilitação. Foram selecionados os artigos pelas bases de dados da pesquisa, “Lilacs, SciELO, Pubmed e Scopus”. Foram encontrados ao todo, 435 resultados, sendo excluídos 102 por não enquadrarem-se no tema, 117 por serem duplicatas, 167 por se tratarem de revisões e 14 por estarem num idioma diferente dos que foram incluídos para esse estudo. Ao final, contou-se com 35 artigos na pesquisa. A influência da fisioterapia é seriamente vista de forma positiva, onde muitas vezes são individualizadas e orientadas para cada objetivo, de atender às necessidades específicas de cada portador. O objetivo da reabilitação é melhorar a independência funcional e autogestão dos pacientes.