Martín Fierro y Fabiano: dos vidas marcadas por la marginalización

Abstract

Escrita à maneira dos gaúchos, a literatura gauchesca nasce na Argentina no século XIX, a fim de denunciar as injustiças sofridas pelos gaúchos e a maneira desumana como são tratados. Uma das maiores obras da literatura gauchesca é Martín Fierro, de José Hernández, na qual o personagem Martín Fierro, um homem que por ser gaucho vive sujeitado, excluído e à margem da sociedade, conta sua história. Nesse trabalho vamos focalizar a questão do sujeito assujeitado presente em Martín Fierro, comparando com a obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, na qual o personagem Fabiano, por ser pobre, também vive a situação de exclusão e marginalização social. A primeira obra trata da condição de vida do gauchona Argentina, e a segunda do sertanejo no Brasil, tratando-se então de duas histórias distintas – marcadas, porém, pela miséria e animalização do homem. A fim de embasar a análise comparativa das obras, utilizaremos a teoria do filósofo alemão Martin Buber sobre a questão da alteridade, tratada em seus livros Eu e Tue Do diálogo e do dialógico.