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Título: Intoxicação medicamentosa e reconhecimento das síndromes tóxicas na emergência em Campina Grande
Autor(es): Trajano, Rhicelly Clementino
Palavras-chave: Envenenamento
Fármacos
Toxicovigilância
Intoxicação medicamentosa
Data do documento: 3-Jun-2019
Resumo: Os dados dos Centros de notificação das intoxicações brasileiras e norte-americanos apontam que os medicamentos são o principal agente responsável por intoxicações nesses países. Objetivou – se avaliar a epidemiologia das intoxicações por medicamentos relacionando os casos com as Síndromes Tóxicas nas emergências. Tratou-se de estudo clínico epidemiológico e transversal, com abordagem quantitativa. Os dados clínicos epidemiológicos foram coletados das fichas de notificação dos pacientes admitidos com história de exposição ou intoxicação por medicamentos no Centro de Informação Toxicológica de Campina Grande (CIATox-CG), no ano de 2018. Os medicamentos foram classificados de acordo com a classificação Anatomical Therapeutic Chemical Code (ATCC), que separa os agentes de acordo com sua atuação nos sistemas e órgãos alvo. No período avaliado, foram notificados 363 casos de intoxicações por medicamentos. Observamos que as intoxicações por medicamentos acometem principalmente mulheres jovens, por tentativa de suicídio. De acordo com a análise do qui-quadrado, as variáveis gênero com escolaridade e os medicamentos não possuem associação estatisticamente significativa (p<0.05). É importante destacar que a grande maioria dos desfechos é de cura sem sequela. Analisamos, ainda, que fora as associações medicamentosas com 55,9% (n=203) dos casos, os dois grupos farmacológicos mais comuns nas intoxicações foram os psicolépticos-N05 (antipsicóticos e ansiolíticos), com 28,6% (n=104) dos casos, seguidos pelos antepilépticos-N03 com 5,5% (n=20). Observou-se também intoxicações por antidepressivos-N06. Os pacientes intoxicados com fármacos do grupo N05, como o Haldol e os Benzodiazepínicos e o N03, como os barbitúricos, se manifestam clinicamente através da síndrome extrapiramidal e da síndrome da depressão neurológica, respectivamente. Por outro lado, os casos de intoxicação por fármacos do grupo N06, representados pelos antidepressivos tricíclicos revelam-se através da síndrome serotoninérgica. Concluiu -se que o atendimento inicial do paciente intoxicado na emergência segue etapas básicas, e uma delas é a identificação das síndromes tóxicas, descritas como um conjunto complexo de sinais e sintomas produzidos por exposições tóxicas a produtos químicos, como os medicamentos. Assim, se faz necessário que o profissional tenha um raciocínio clínico capaz de reconhecer com rapidez, através do exame físico, os tipos de síndromes que podem acometer os pacientes intoxicados que dão entrada no serviço de emergência. Dessa forma, o diagnóstico precoce das síndromes possibilita uma conduta terapêutica adequada, com o uso de antídotos e antagonistas específicos. A agilidade no manejo tem como consequência a melhora do prognóstico e desfecho do caso. Desse modo, buscamos efetivar a premissa da toxicologia clínica que devemos tratar o paciente, e não o agente tóxico.
Descrição: TRAJANO, R. C. Intoxicação medicamentosa e reconhecimento das síndromes tóxicas na emergência em Campina Grande. 2019. 21f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/24515
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