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Título: Toxinologia e terapêutica: Atividades biológicas do veneno da serpente Bothrops erythromelas (Amaral, 1923) (Squamata, Viperidae) e neutralização do dano tissular modulado pelo veneno
Autor(es): Cavalcante, Joeliton dos Santos
Palavras-chave: Jararaca da seca
Hemorragia
Terapia antivenômica
Fisiopatologia
Data do documento: 2-Mai-2019
Resumo: Bothrops erythromelas, popularmente conhecida por jararaca-da-seca, é uma serpente endêmica da Caatinga brasileira. O envenenamento causado por ela apresenta um quadro patológico caracterizado por dor local, edema, eritema e equimoses. A ação também induz alterações sistêmicas que resultam em uma coagulopatia de consumo, o qual torna o sangue da vítima incoagulável. O tratamento consiste na administração do antiveneno botrópico, em cujo pool não está o veneno de B. erythromelas. Mesmo assim, o antiveneno apresenta eficácia para neutralizar os processos fisiopatológicos sistêmicos. Entretanto, exibem reduzida eficácia terapêutica nos danos tissulares no local da picada. Assim, o presente estudo teve por objetivo investigar a patogênese local e hematológica modulada pelo veneno de B. erythromelas, bem como explorar alternativas complementares a antivenômica, que visem a prevenção e o tratamento dos danos causados pela espécie. Para isso, utilizaram-se testes de coagulação (in vitro) em modelos experimentais com plasma humano. Após a injeção do veneno intradermicamente do dorso de camundongos swiss, foi verificada a resposta hemorrágica. Foram realizados ensaios de indução de edema de pata e hemogramas (in vivo) em camundongos. Adicionalmente, tecidos lesionados foram dissecados e submetidos à análise histopatológica. Para os ensaios de neutralização de dano tecidual, foi adotado o teste edema de pata. Para tanto, diferentes concentrações de Ácido Etilenodiamino Tetra-Acético (EDTA) e heparina sódica foram pré-incubadas a 37°C e administradas via intraplantar em camundongos swiss. Confirmou-se que o veneno de B. erythromelas apresenta um alto potencial coagulotóxico, não sendo possível estimar a dose mínima coagulante. O veneno apresentou uma dose mínima hemorrágica estimada em 3,5 µg, com a hemorragia deflagrada, principalmente, na hipoderme. Quanto ao efeito edematogênico, sua dose mínima foi de 1,75 µg havendo separação dermo-epidérmica. O edema modulado pelo veneno não apresentou resolução em até 12 horas após o envenenamento. Esse efeito foi neutralizado pelo EDTA e pela heparina sódica. O veneno induziu um quadro de leucopenia, caracterizado pela queda de monócitos, neurófilos e linfócitos. Esse conjunto de dados sugere que o veneno de B. erythromelas apresenta um alto potencial coagulante. Durante o estabelecimento da lesão hemorrágica, que foi percebida na hipoderme, o veneno causou alterações na pele de camundongos. Seu efeito edematogênico comprometeu a junção dermo-epidérmica. O EDTA e a heparina sódica se revelaram agentes promissores para serem utilizados na terapia antivenômica, uma vez que inibiram o efeito edematogênico do veneno de B. erythromelas.
Descrição: CAVALCANTE, J. dos S. Toxinologia e terapêutica: Atividades biológicas do veneno da serpente Bothrops erythromelas (Amaral, 1923) (Squamata, Viperidae) e neutralização do dano tissular modulado pelo veneno. 2019. 150f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/24520
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