Sintomas depressivos em idosos e sua influência no tratamento fisioterapêutico

Abstract

Introdução: Envelhecimento é um processo que envolve diversas alterações anatômicas e funcionais no organismo que resultam na diminuição da funcionalidade e da qualidade de vida dos idosos que, na maioria das vezes, sentem-se marginalizados, inúteis e improdutivos para familiares e amigos. A atenção aos sintomas depressivos pelos profissionais da fisioterapia no cuidado a essa população é de fundamental importância uma vez que, eles refletem nas emoções, sentimentos e comportamento desse indivíduo em meio à sociedade, interferindo no bem-estar biopsicossocial dessa população. Objetivo: A pesquisa teve como objetivo buscar na literatura quais são os sintomas depressivos encontrados em idosos e relacioná-los a sua influência no atendimento fisioterapêutico. Metodologia: O estudo trata-se de uma revisão narrativa, na qual foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, LILACS, Cochrane e MEDLINE durante o período entre abril e maio de 2019. Usando os descritores: Physical Therapy Specialty, Aged e Depression. Não houve restrição de idioma ou ano, bem como o tipo de metodologia empregada nos artigos encontrados. Foram incluídos artigos que apresentaram amostra de idosos com idade igual ou superior a 60 anos e excluídos os estudos de revisão (integrativa, sistemática e meta-análise); artigos que não abordagem o tema, estivessem repetidos; resumos ou anais de congressos. Resultados: A busca resultou no total de 336 artigos, destes, foram selecionados 20 artigos. Os estudos encontrados mostraram a relação entre os aspectos sociais, o ambiente e as minorias como determinante na saúde do idoso, bem como a influência dos sintomas depressivos na somatização da dor, o agravamento do risco de quedas, o surgimento de doenças crônicas e no tratamento fisioterapêutico. Conclusão: Após análise dos resultados foi possível sugerir que há necessidade do fisioterapeuta de entender que o paciente deve ser visto no âmbito Biopsicossocial, assim como, assumir de forma efetiva a complexidade do comportamento motor, cognitivo, emocional e social do ser humano na sua reabilitação, devendo compreender a importância do redirecionamento dinâmico em sua conduta através da inter e multidisciplinaridade procurando atender as necessidades do idoso.