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Título: Coping e paternidade: uma investigação no cenário da Síndrome Congênita do Vírus Zika
Autor(es): Costa, Kerilyn Priscilla Soares
Palavras-chave: Coping
Paternidade
Vírus Zika
Data do documento: 3-Dez-2019
Resumo: Em 2015 constatou-se uma epidemia de microcefalia que posteriormente foi compreendida como uma das várias condições clínicas que circunscrevem o diagnóstico da Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCVZ). A partir de então, alguns estudos foram realizados principalmente sobre aspectos relacionados à epidemia e seus determinantes biológicos e sociais. Considerando este cenário e o pequeno número de pesquisas que abarcam a experiência da tema paternidade no contexto da deficiência, este estudo teve o intuito de analisar o coping de pais cujos filhos foram acometidos pela SCVZ. Como referencial teórico, recorreu-se à Teoria Motivacional de Coping (TMC), proposta por Ellen Skinner e colaboradores, na década de 1990, que compreende o coping como à possibilidade do indivíduo adaptar-se e desenvolver estratégias de enfrentamento para lidar com mudanças que acontecem na vida que ameaçam, desafiam ou excedem a capacidade psicológica e biológica das pessoas. Participaram da pesquisa cinco pais de filhos diagnosticados com a Síndrome Congênita do Vírus. Como instrumento de coleta foi utilizada uma entrevista semiestruturada cujos dados foram analisados a partir da proposta de análise de conteúdo temático-categorial. A análise dos dados permitiu identificar quatro estressores nas experiências de paternidade: diagnóstico, desenvolvimento e tratamento da criança, baixa renda familiar e trabalho. No intuito de enfrentarem o estressor diagnóstico, os pais recorreram principalmente a estratégias da família de coping busca de informações. O desenvolvimento e tratamentos dos filhos evocou estratégias vinculadas a resoluções de problemas, autoconfiança e busca de suporte. Para lidarem com a questão da baixa renda familiar recorreu-se a estratégias que indicavam o processo de resolução de problemas e para lidar com as questões do trabalho, adotou-se estratégias vinculadas à acomodação e à delegação. Pode-se dizer que os pais utilizaram majoritariamente estratégias que, em uma análise processual, seriam consideradas adaptativas, uma vez que fazem parte das famílias de coping intituladas busca de informações e resolução de problemas. Todavia, embora menos frequentes, também foram identificadas estratégias vinculadas à família fuga relacionadas ao estressor desenvolvimento e tratamento da criança. Acredita-se que estratégias relacionadas à fuga possam, caso persistam, dificultar o processo adaptativo a esta nova experiência. Ressalta-se a necessidade de intervenções no sentido de reforçar estratégias que promovam processos adaptativos bem como reduzam estratégias que podem desenvolver processos desadaptativos e adoecimento.
Descrição: COSTA, K. P. S. Coping e paternidade: uma investigação no cenário da Síndrome Congênita do Vírus Zika. 2019. 23 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/24569
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