Acompanhamento farmacoterapêutico de idosos da Universidade Aberta à Maturidade em Campina Grande, Paraíba

Abstract

O Brasil caminha velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido. As peculiaridades apresentadas por essa população corroboram para uma maior susceptibilidade ao aparecimento de doenças com consequente polimedicação. Nesse cenário, surge o cuidado farmacêutico por meio dos serviços clínicos, com a finalidade de otimizar os resultados em saúde. O estudo tem como proposta realizar o acompanhamento farmacoterapêutico de idosos que frequentam o consultório farmacêutico da Universidade Aberta à Maturidade. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e exploratório, com abordagem quantitativa. Participaram do estudo, 10 idosos, selecionados aleatoriamente, todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A partir do preenchimento de um formulário semiestruturado, coletou-se os dados sociodemográficos e farmacoepidemiológicos. Aliado a isso, realizou-se a revisão da farmacoterapia em busca de Problemas Relacionados aos Medicamentos e Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos, também avaliou-se a pressão arterial de cada idoso nos últimos sete meses e adesão à terapia medicamentosa, tendo como base a adaptação das perguntas do teste de Morisky, Green e Levine; utilizando o Micromedex® , investigou-se a existência de potenciais Interações Medicamentosas. Para análise dos dados, utilizou-se do programa SPSS® , com posterior aplicação no Microsoft Excel® organizando-os sob a forma de tabelas e gráficos. Obteve-se como idade média dos idosos 68,6 anos, dos quais, 60,0% do sexo feminino. Além disso, 70,0% deles apresentaram pelo menos duas doenças crônicas, com prevalência da hipertensão arterial (70,0%). Notou-se melhora dos níveis pressóricos após o início do acompanhamento farmacoterapêutico. Avaliando-se a adesão a farmacoterapia, constatou-se que nenhum indivíduo apresentou muita adesão, 60,0% apresentaram regular e 40,0% pouca adesão. Após a revisão da farmacoterapia, foram catalogados 33 medicamentos, identificadas 10 Interações Medicamentosas e 15 Problemas Relacionados a Medicamentos, sendo o último presente em 60,0% dos sujeitos, além de identificar que 32,0% dos Insumos Farmacêuticos Ativos eram inapropriados para idosos. Também, se observou que, 30,0% desses idosos são polimedicados e 70,0% já praticou ou pratica automedicação. Dessa forma, foram realizados um total de 16 intervenções, por meio de ações educativas e orientações sobre o regime terapêutico. Logo, a pesquisa possibilitou a melhoria de qualidade de vida dos idosos e promoção do uso racional de medicamento. Portanto, destaca-se a relevância do farmacêutico junto a essa população, reforçando a importância dos serviços farmacêuticos com intuito de melhorar a farmacoterapia, preservar a segurança do paciente, garantindo a otimização dos resultados em saúde.