Perfil farmacoterapêutico dos alunos da UAMA no período 2017-2019

Abstract

O aumento da população idosa consiste em um acontecimento mundial que, no Brasil, ocorre de forma bastante acelerada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025, o Brasil ocupará a sexta posição em número de idosos. Na faixa etária superior a 60 anos, o indivíduo está mais suscetível a apresentar essas doenças crônico-degenerativas, podendo estar associada a outras condições de saúde e dessa forma, quando não tratadas, ou tratadas de maneira ineficaz, podem tornar o indivíduo mais debilitado para realizar suas atividades de vida diária. Nesse contexto, a promoção do envelhecimento ativo e a construção de sistemas de proteção social que garantam a segurança econômica e a atenção à saúde nas idades mais velhas são elementos primordiais. O referido trabalho tem como proposta descrever o perfil farmacoterapêutico dos idosos da UAMA, através da verificação da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis nesses idosos, identificação da possível presença de Polifarmácia, investigação da existência de interações medicamentosas, bem como avaliar fatores sociodemográficos relacionados. Trata-se um estudo retrospectivo, descritivo, transversal e exploratório, com abordagem quantitativa. Desenvolvida na Universidade Aberta à Maturidade, com sede no Campus I da Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande-PB, em parceria com o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM/UEPB). Participaram do estudo, 30 idosos (entre 60 e 81 anos de idade) escolhidos de ambos os sexos, com frequência regular nas aulas e no consultório farmacêutico. As informações relativas à pesquisa foram obtidas através do Banco de Dados do CIM, que consiste em duas fichas preenchidas pelos idosos regularmente matriculados, junto aos alunos no consultório farmacêutico. O questionário conta com dados sociodemográficos e farmacoepidemiológicos, além de informações complementares sobre estilo de vida e problemas de saúde. A população estudada apresenta, em sua maioria (73,33%), o que se denomina de jovens idosos, que representam a faixa etária entre 60 e 69 anos de idade. A amostra de participantes desse estudo foi constituída predominantemente pelo sexo feminino, dos 30 idosos incluídos na pesquisa 24 eram mulheres, representando 80%. Quanto ao grau de escolaridade dos idosos, aqueles com Ensino Superior Completo foram maioria (40,0%), em seguida aqueles com Ensino Médio Completo representaram 33,3% da amostra. Apenas 10% dos indivíduos analisados não concluíram o Ensino Fundamental. Com relação a situação conjugal dos idosos, o estudo identificou que a maioria eram viúvos (36,66%), seguidos pelos indivíduos casados ou em união estável, que representaram 33,33% da amostra. Por fim, quanto a renda mensal dos idosos, em sua maioria (46,66%) são aposentados com renda entre 1 e 2 salários mínimos, enquanto que um número considerável (23,33%), não são aposentados e não tem renda fixa mensal. O estudo possibilitou uma análise em detalhes sobre a farmacoterapia dos idosos da UAMA. Assim, entende-se que o acompanhamento farmacêutico, voltado para trabalhos de educação e promoção de saúde, são essenciais para se alcançar o uso racional de medicamentos, que traz segurança e qualidade de vida aos usuários medicamentosos.