Uso off label de medicamentos no tratamento da obesidade

Abstract

A obesidade se caracteriza pelo excesso de gordura corporal e fator de risco para hipertensão arterial, diabetes mellitus e neoplasias. Atinge 650 milhões de adultos no mundo, sendo 123,5 milhões no Brasil em 2020. No Brasil, na atualidade, há quatro medicamentos para tratar obesos, justificando-se o uso off label. Objetivou-se investigar o uso off label de medicamentos no tratamento da obesidade. Foi utilizado nesse estudo a revisão narrativa da literatura científica, por meio das bases de dados PubMed, LILACS, Google academic e BVS, no período de maio a junho de 2021. Foram utilizados os termos: “obesidade”, “Medicamentos na Obesidade” e “off label”, nos idiomas português e inglês, sendo acrescidos de caracteres booleanos AND/OR. Após leitura de 30 artigos, foi possível observar acentuado número de pessoas obesas e de pacientes com outras complicações associadas a obesidade, incluindo-se comorbidades como: dor crônica, distúrbios da saúde mental, cardiovasculares, respiratórios, digestivos e endócrinos. Diversas classes de medicamentos registrados e aprovados para outras indicações têm sido utilizadas no tratamento da obesidade: antidepressivos; os anticonvulsivantes e medicamentos utilizados no controle da diabetes. Conclui-se que o uso off label de medicamentos, embora possa se constituir em outros riscos à saúde do paciente, apresenta-se como prática exigida para redução de riscos maiores aos obesos. No tratamento da obesidade se percebe corriqueiro a terapia medicamentosa off label, com medicamentos utilizados para controle da diabetes, antidepressivos, anticonvulsivantes e ansiolíticos. Ademais, o presente estudo é um convite à reflexão acerca do uso off label de medicamentos para o tratamento da obesidade.