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Título: Autotomia caudal em populações do lagarto neotropical Kentropyx calcarata Spix, 1825 (SQUAMATA: TEIIDAE) habitando remanescentes de Floresta Atlântica no nordeste do Brasil
Autor(es): Carvalho, Mayanne Albuquerque
Palavras-chave: Autotomia caudal
Perda da cauda
Estratégias de escape
Lagartos teiídeos
Data do documento: 27-Nov-2019
Resumo: A autotomia caudal foi investigada em duas populações do lagarto neotropical Kentropyx calcarata Spix, 1825 (Família Teiidae) encontradas em remanescentes de Floresta Atlântica do Estado da Paraíba. Neste trabalho procurou-se determinar se as frequências de autotomia caudal variam de modo significativo dentro e entre as populações desse lagarto, em relação ao sexo, estágio de desenvolvimento ontogenético e posição dos pontos de autotomia caudal; e também se o centro de massa corporal difere entre lagartos com cauda íntegra versus lagartos com cauda autotomizada. As coletas foram realizadas nos fragmentos florestais SEMA II (Reserva Biológica Guaribas, RBG) e Mata do Açude Cafundó (MAC), empregando-se armadilhas de queda com cercas direcionadora, buscas ativas visual e limitada por tempo. Todos os lagartos estavam depositados na Coleção de Referência do Laboratório de Herpetologia/Laboratório de Etnoecologia - UEPB. Os lagartos foram examinados quanto à presença de autotomia caudal prévia, sendo excluídos aqueles que sofreram autotomia após capturados. Para cada lagarto foram registradas sete variáveis morfométricas. Foram examinados 62 lagartos da RBG, dos quais 54 (87,1%) (19 machos e 20 fêmeas adultos e 15 jovens) apresentaram a cauda íntegra e oito (12,9%) (três machos e cinco fêmeas adultos) exibiram autotomia caudal. Não foram observadas diferenças significativas nas frequências de autotomia caudal entre os sexos ou pontos de quebra da cauda. Dimorfismo sexual somente foi observado em relação à largura na base da cauda, mais larga nos machos adultos. Para a população da MAC foram analisados 118 lagartos, dos quais 97 (82,2%) apresentaram a cauda íntegra (30 machos e 24 fêmeas adultos, e 43 jovens) e 21 (17,8%) exibiram autotomia caudal (onze machos e seis fêmeas adultos, e quatro jovens). Não houve diferença significativa nas frequências de autotomia caudal entre os sexos. Contudo, lagartos adultos apresentaram frequência de autotomia caudal significativamente maior do que os jovens. Não foi registrada diferença significativa nas frequências entre os pontos de autotomia caudal, mas a quebra da cauda em posição distal foi mais frequente. Dimorfismo sexual somente foi observado em relação à largura da base da cauda, com machos exibindo a base da cauda mais larga. Não foram observadas diferenças significativas entre as populações desse lagarto quanto à frequência de autotomia caudal e pontos de quebra da cauda. Contudo, a quebra da cauda em posição distal foi a mais frequente. Não foi registrada diferença significativa quanto ao centro de massa corporal entre lagartos adultos com cauda íntegra versus lagartos com cauda autotomizada. Sugere-se que a maior frequência de autotomia caudal em lagartos adultos do que em jovens da população encontrada na MAC provavelmente resulta de diferenças no nível experiência e estratégia principal adotada para escapar dos predadores. As frequências de autotomia caudal não diferiram de modo significativo entre as populações de K. calcarata, porque os tipos de cobertura vegetal e composição das espécies de predadores potenciais desse lagarto nos sítios estudados são bastante semelhantes entre si. O fato do centro de massa corporal não ter sofrido mudança significativa nos lagartos com cauda autotomizada deve ser visto com cautela.
Descrição: CARVALHO, M. A. Autotomia caudal em populações de lagarto neotropical Kentropyx calcarata Spix, 1825 (SQUAMATA: TEIIDAE) habitando remanescentes de Floresta Atlântica no nordeste do Brasil. 2019. 78f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/25918
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